O frentista é aquele profissional que você com certeza já deve ter visto por aí. De todo modo, existem algumas informações e dados que são importantes para que a própria população e esse trabalhador tomem conhecimento.
Essa função surgiu no início do século XX, mais precisamente em 1912, porque empresas petrolíferas começaram a exportar seus produtos para o Brasil.
A primeira bomba de gasolina foi inaugurada em 1921, no Rio de Janeiro. Após esse fato, com o crescimento do número de automóveis no país, o frentista passou a ser cada vez mais requisitado em empresas de postos de gasolina.
Com essa história interessante, voltemos para o hoje e vejamos as atuais condições de trabalho de um frentista: o que realmente faz, qual o salário, sua situação nas empresas no mercado de trabalho, entre tantas outras informações relevantes para você.
Por isso, fique atento à leitura, faça suas anotações e tire suas dúvidas. E não esqueça de ler até o fim!
O que faz um frentista?
Esse trabalho é definido como o atendente ou bombeiro de uma empresa de posto de gasolina. Sim, é aquela pessoa que você encontra nos postos da sua cidade, sempre atendendo quando você precisa abastecer seu carro ou moto.
Mas, não pense que a sua função fica resumida a isso. O frentista também é encarregado de outras tarefas em uma empresa.
Por exemplo, ele(a) pode ser encarregado pela venda de produtos automotivos expostos, e também pelo recebimento de pagamentos financeiros dos clientes.
Além disso, o(a) frentista também é responsável por:
- Lavagem de para-brisas dos automóveis;
- Verificação do nível de água e do óleo;
- Alinhamento e balanceamento;
- Fechamento de caixa.
Como é o mercado de trabalho para frentista?
Esse trabalho é requisitado no mercado não apenas em empresas como postos e distribuidoras de combustível, mas também em garagens de ônibus, frotas particulares e caminhões.
O profissional precisa ter algumas habilidades, como por exemplo:
- Boa comunicação, quesito essencial para quase todos os empregos que envolvem atendimento ao público no mercado;
- Cordialidade, também relacionado ao atendimento ao público, muito comum nas empresas;
- Conhecimento acerca da mecânica dos veículos e combustíveis, por motivos da necessidade técnica e prática;
- Atenção a limpeza e noção de organização, para lidar com o ambiente e os produtos do trabalho;
- Agilidade e bom raciocínio lógico por conta das finanças e fechamento de caixa.
Agora, observemos a situação do mercado de trabalho para este ano.
Olhando para 2020, houve uma queda no número de vagas de trabalho para frentistas.
Segundo dados, de janeiro ao início de maio, houve 32.190 contratações de carteira assinada, enquanto aconteceram 47.317 demissões no mesmo período.
Ou seja, houve menos 15.127 empregos de frentista de carteira assinada em 2020. Isso aconteceu principalmente pela pandemia da Covid-19, que alterou a situação econômica em todo o mundo.
Quanto ganha um frentista?
O estado brasileiro com o mercado de trabalho mais atraente para o frentista é São Paulo, segundo dados. Na capital se encontram o maior número de vagas de emprego para essa função.
Levando em consideração que um frentista trabalha cerca de 43h por semana, de acordo com a mesma pesquisa, a faixa de salário desse profissional é:
- R$ 1,102,19 (média de salário do piso no ano de 2020 acordado em dissídios, convenções coletivas e acordos);
- R$ 1.164,35 (segundo pesquisa);
- R$ 1.716,83 (teto de salário de profissionais com carteira assinada em todo o Brasil).
Decorrente da mesma fonte de dados, veja as médias de salário do(a) frentista nas empresas de algumas cidades do país:
- Joinville/SC: média de R$ 1.416,32;
- Ribeirão Preto/SP: R$ 1.333,67;
- Campo Grande/MS: média de salário de R$ 1.304,88;
- Curitiba/PR: R$ 1.251,91;
- Manaus/AM: média de R$ 1.084,06;
- Teresina/PI: R$ 1.058,16;
- Recife/PE: média de salário de R$ 1.078,63;
- Brasília/DF: R$ 1.211.09;
- São Paulo/SP: R$ 1.311,70.
Como pode perceber, o mercado é bem variado, dependendo da região do país.
Saiba também quanto ganha um frentista por tipo de empresa:
- Comércio varejista de combustível: média de salário de R$ 1.179,56;
- Serviços acrescentados de escritório e apoio administrativo: média de R$ 1.191, 78;
- Comércio varejista de produtos alimentícios: média de salário de R$ 1.234,90;
- Serviços de lavagem, lubrificação e polimento: média de R$ 1.244,16;
- Transporte rodoviário de carga: média de salário de R$ 1.278,69;
- Transporte rodoviário de produtos perigosos: média de R$ 1.201,47;
- Seleção e agenciamento de mão de obra: média de salário de R$ 1.104,67
Com isso, você nota que o mercado de trabalho e suas opções de locação são bem diversificadas, então você pode escolher a que mais se adequa a sua realidade, dependendo também da oferta de empregos na sua cidade.
Adicionais salariais
As questões de insalubridade e periculosidade do(a) frentista, que não são cumulativas, são verificadas pela perícia do médico do trabalho ou engenheiro do trabalho, registrados no Ministério do Trabalho, de acordo com o Art. 195 da CLT.
- Adicional noturno: valor de R$ 1,12 por hora, gerando um total de R$ 241,53 se o frentista cumprir todas as horas do mês como noturna;
- Insalubridade: o correto é ter um acréscimo de 30% na média salarial, ou seja, R$ 362,29;
- Periculosidade (1° grau): acréscimo de 10% (R$ 120,76);
- Periculosidade (2° grau): acréscimo de 20% (R$ 241,53);
- Periculosidade (3° grau): acréscimo de 40% (R$ 483,05).
Frentista em jornada de trabalho parcial (horista)
Segundo dados do portal Salário . com, , a média da hora trabalhada por um frentista sai por R$ 8,07, isso porque a jornada de trabalho fica em 27 horas, gerando um total de R$ 1.079,42.
Condições de trabalho de um frentista
É bom que você esteja ciente das condições ambientais em uma empresa que demanda esse trabalho, e não apenas o salário. De acordo com um artigo científico, a exposição prolongada às substâncias químicas do combustível, em especial o benzeno, são de extremo malefício para a saúde do trabalhador.
Algumas doenças que podem surgir são alterações sanguíneas, linfoma e infertilidade masculina.
Portanto, fica o alerta para um possível adoecimento por conta do trabalho, exigindo assim o uso de EPIs.
Conclusão
Com este artigo você ficou sabendo sobre a profissão de frentista, seu salário, no que atua, como é a sua situação no mercado de trabalho, ou seja, recebeu bastante informação.
Todo trabalho deve ter os seus direitos respeitados, então se você já é frentista, procure se informar sobre seu vínculo empregatício, como ocorre a sua aposentadoria, quais os equipamentos de trabalho são necessários para você, e corra atrás dos seus direitos.
Se você ainda está pensando em ser frentista, existem diversos cursos técnicos disponíveis para que você se prepare melhor para a profissão. Afinal, acréscimos no currículo nunca são demais.
Então, se você gostou do artigo de hoje ou tem alguma dúvida que podemos resolver, deixe um comentário! E mais: compartilhe este artigo com seus amigos e familiares!
Fontes: